sexta-feira, abril 06, 2007

Farra do boi liberada

Hoje eu me senti a pessoa mais otária do mundo. Em função da Páscoa, fomos visitar meus pais em Ganchos. Na volta, pela Armação, nos deparamos com uma grande movimentação. Pessoas sentadas nas calçadas, nos muros e andando no meio da rua uniformizadas com camisetas que anunciavam a festa. Total descontrole. Bebida ao volante, gente em cima dos carros... E por aí vai. Excitadas, as pessoas aguardavam o grande acontecimento, os bois para a farra. Na subida para o morro uma carreata de 200 veículos, entre eles carrões importados, escoltavam cinco caminhões que traziam os animais. Dentro dos carros as pessoas berravam e piscavam os faróis.

Indignada não entendia como as “autoridades” não enxergavam o que estava para acontecer. Paramos na barreira que havia numa das entradas do município e questionamos se a farra estava liberada. Os quatro gatos pingados explicaram que nada podiam fazer contra a multidão e que a função deles era atuar na barreira. Barreira do quê? O governo destaca força policial para não atuar e iludir os otários, que elegem os seus representantes no Legislativo. E estes fazem leis que não são cumpridas. Agora tenho certeza que nosso sistema não funciona. Enquanto isso... na terra de ninguém... cada um faz o que quer. Será que só os otários cumprem a lei?

3 comentários:

Anônimo disse...

Não gosto do que se chama hoje a “farra do Boi”, gosto muito menos das reações de pessoas e grupos que ignoravam e continuam ignorando esta manifestação, que já foi chamada de “boi no campo” ou “Boi na Vara”.

Era uma manifestação que estava em extinção e marginalizada, que se reacendeu com aquelas reações de alguns que acabou com uma decisão judicial de proibindo, e creio que foi uma decisão preconceituosa.

Aquela manifestação que em Santa Catarina que acorria em ambientes “rurais” ou campos, passou a ocorrer em ambiente urbano com as conseqüências danosas que conhecemos e que foi agravada com sua criminalização após a decisão judicial, pois acabou com a regulamentação nascente, como o mangueirão, onde estaria identificado um responsável, o que não ocorre hoje a “farra” agora é uma ação clandestina. Creio que regulamentação acabaria por se chamar de “RODEIO ACORIANO”.

Por falar em Rodeio, alguém se lembra do rodeio de Barretos, do rodeio crioulo, da vaquejada, das touradas, estes sim, são “Tradição”, incluindo algumas tradições lá do Texas.

Me lembro na minha infância em Itapema e Tijucas de ocorrência “Boi no Campo” com vaqueiros controlando tanto o animal como as pessoas e não lembro de maiores maldades dos aquelas que vejo nos rodeio.

Não gosto desta “farra”, mas entendo que as reações muitas delas baseadas na ignorância do que relatei, são efetivamente prejudiciais a causa animal.

Anônimo disse...

Meu camarada, a farra do boi esta no nosso sangue ,não vai ser uma lei ou outra que vai nos empedir ,voces que assistem reportagens da farra pela tv naum entende,não há maltrato ao animal,quando isso acontece o cara é lixado por nois,,e geralmente esses caras são uns babacas como vc que naum entende porra nenhuma da nossa tradição, e fica postando a respeito na net,,antes de critica venha conhece como realmente acontece ,não se deixe levar pela tv que ja naum tem mais o que fala da violência urbana e vem falar da nossa tradição,aposto como voce mudaria seu pensamento a respeito da farra..

BRINCADEIRA COM O BOI NAUM É CRIME,É TRADIÇÃO!!!!

FAZENDA DA ARMAÇÃO
GOV CELSO RAMOS

Cristiane Fontinha disse...

Caro anônimo,
continuo firme nos meus princípios, acreditando que a farra do boi não é uma manifestação cultural. Procure olhar ao seu redor e veja quem está financiando essa "brincadeira". Se existe uma lei, esta deve ser cumprida.
Conheço bem Ganchos e já assisti cenas deploráveis. Tenha coragem de assinar suas postagens! Também aproveite revise seu português!